O Bom do Amor

– o espaço para desafogar minha alma exacerbada de sentimentos –


time de exaustas: uni-vos!

“nossa, tô exausta”
“amiga do céu, que exaustão”

a frase surge de maneira mais comum que imaginamos.
a exaustão chegando pelos mais diversos motivos: a mãe solo, a mãe tendo que dar conta da família e do trabalho, a amiga sendo esmagada pelo trabalho, outra porque perdeu o emprego e não aguenta mais a ansiedade da recolocação.

em maior ou menor grau, a exaustão tem sido esta fala recorrente.
eu estou nessa.
ando numa onda de exaustão emocional…

filhos exigindo cada vez mais, instabilidade na empresa, marido a ponto de ter um ataque de nervos… tem dias que tenho vontade de sumir, tirar umas férias e voltar daqui uns dias… experimentar um novo ‘eu’.

mas as escolhas nossas de cada dia trazem ônus e bônus, qualquer uma delas.
então, trocar a minha pele seria como experimentar outros desafios…

ouvi dizer sobre a densidade cósmica.
tá todo mundo no limite…
tanta gente que eu conheço que já toma remédio pra acordar, pra dormir e pra ser feliz e mesmo assim, segue em estafa.

eu ainda não tomo remédios, sigo tentando exercícios, silêncios e a 1 copinho de cachaça para momentos emergenciais, mas fico me questionando como cada um tem conseguido viver em sua própria pele.

pqp!

ontem tentei entrar na vibe da dança.
dançar livre em casa, sei lá, por uns 10 minutos…
não consegui.
meus filhos estavam brigando incansavelmente, miguel começou a ter choros de birra de novo, aos 7. beni passa a questionar coisas inquestionáveis, aos 8.

aceito minha ineficiência momentânea de saber e querer lidar com isso.
ciclos da vida… ondas pesadas e ondas zen…
a cada dia, tentando aceitar minha incompletude, minha incapacidade de ‘dar conta’.

eu quero é enlouquecer, sair de mim, gritar, esmurrar travesseiro, estar só, sair correndo, escreversempausarporquetudotemquesairdemimomaisrapidopossivelpraeuvoltaratermaisequilibrionavidasempausas… ufa!

tô fazendo a trilha de cursos da casa do saber, gente do céu, que coisa magnífica!
comecei pelo onipotentes, deprimidos e excitados, aulas baseadas em freud e o filósofo contemporâneo christoph türcke que trata muito sobre nosso mundo de dispersão concentrada.

acho que ando exausta de dar atenção aos outros, a todo mundo exterior.
inverno é pra entrar em concha.

essa cultura excitada e desatenta está nos adoecendo cada vez mais.
byung-chul han é outro autor interessante para ler/ouvir/pensar tudo que anda acontecendo com a dominação realizada por um aparelhinho chamado smartphone.

‘nos deram espelhos, e vimos um mundo doente’, já diria renato russo.

saudade da calma.
do ócio.
de sorver a vida.
de ser ouvida sem ser interrompida porque o outro não está escutando mas ele tem necessidade de dar uma resposta imediata.
quero sossego.

piadinha sem graça pra terminar esse post sem tanto peso:
‘se eu fosse um grupo de samba, sabe como me chamaria?’
‘não, como?’
‘exausta samba”

hahaha
bjo, tchau!



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