O Bom do Amor

– o espaço para desafogar minha alma exacerbada de sentimentos –


descreva-se em 3 palavras

este era o exercício do dia em uma comunidade de escrita.

pra quem é prolixa escrevendo, conseguir se descrever em 3 palavras é um grande desafio;
como somos feitos de luz e sombra, usarei 3 para aspectos positivos e 3 para aspectos negativos – acho que assim as coisas ficam bem justas, né? 🙂

primeiro, as boas:

sorridente
sensível
observadora

e agora, as desafiadoras:

teimosa
tímida
impaciente

o sorriso sempre foi minha marca registrada. é o que as pessoas sempre comentam – “você sorri com os olhos”. carrego com muito carinho essa definição, porque quando rio meus olhos ficam mesmo bem pequenininhos, acompanhados pelo protagonismo das bochechas fofinhas e com covinhas, além de uma marquinha pretuberante que se forma no meu queixo. gosto de sorrir 🙂

a sensibilidade também me acompanha desde pequena… fala-se hoje sobre o pas – pessoa altamente sensível – e embora só tenha feito testes virtuais para me certificar que tenho pas, foi muito importante ler e estudar sobre isso porque por grande parte da minha vida enxergava isso como demérito, e não como força. associava a sensibilidade à fragilidade, e hoje sinto um orgulho danado dessa minha característica, parte importante de quem sou.

o apelido de ‘corujinha’ dado pela minha terapeuta faz jus ao meu lado observadora. sou tímida, introspectiva, e fiquei bastante reflexiva quando mesmo assim alguns testes comportamentais trouxeram a sociabilidade como ponto forte. entendi que eu posso ser introspectiva, mas social ao mesmo tempo… entendi que a seletividade faz parte de mim, e a observação faz parte disso. observo grupos, observo falas, tento a cada dia me comprometer a falar menos, mas de uma maneira mais qualitativa, que dizer palavras ao vento – algo que faz muito sentido muito pra mim, e que gosto muito de colocar em prática. neste mundo onde todos são tão especialistas e donos da razão em tudo, ter minhas próprias convicções e maneira mais quieta no viver me ajuda a me manter sã e saudável.

a teimosia se mistura com a birra; talvez eu sinta que não tenha tido tanta atenção e como eu quem resolvia as coisas por viver mais isolada no mundo, negociações são um pouco difíceis pra mim… mas o relacionamento tem me ajudado bastante a entender o lado do outro e a flexibilizar em alguns momentos. é um aprendizado contínuo, ilimitado este de estabelecer limites, de se entender enquanto indivíduo único com suas próprias questões e gatilhos existenciais, e também respeitar os gatilhos do outro para que a convivência aconteça de modo pacífico e respeitoso, acima de tudo.

timidez não sei se seria a palavra mais certa, mas vamos dizer que não sou uma pessoa ‘aberta’, especialmente se estou chegando a um ambiente desconhecido. provavelmente, não puxarei papo e não farei perguntas, apenas observarei; também não faço perguntas abertas, meus diálogos verbais com as pessoas são normalmente bem pontuais e rápidos – sou prolixa só escrevendo. talvez porque a companhia do silêncio pra mim seja boa, ou porque acho que fazer perguntas demais pode entrar em questões pessoais demais, ou simplesmente porque essa sou eu. não quero encontrar respostas para coisas que simplesmente sou. em alguns aspectos da vida, assim como na dança, gosto mais de ser conduzida que de conduzir. 🙂

impaciência, isso sim, especialmente em lugares barulhentos demais, com pessoas falando demais, ou lendo livros descritivos demais, ou em conversas prolixas demais, ou com a implicância dos meus filhos, ou quanto tenho que mudar os planos 180º por coisas que poderiam ter sido melhor planejada pelos outros, ou quando sinto que as pessoas usam do meu lado ‘gentil e amoroso’ para serem oportunistas… isso faz de mim uma pessoa muito impaciente.

este texto ficou bem 4ªB mesmo… estilo ping-pong, sem muitos contextos, roteiros e palavras. talvez amanhã se me fizerem a mesma pergunta de novo, as respostas já seriam outras. porque a gente é isso, impermanência, aprendizado, evolução constante.

meu beijo,
l.



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