Do dia pra noite, planos até então prósperos mudam a rota.
A vida trazendo sua instabilidade inesperada.
O fim de um contrato e o fim de outros tantos sonhos.
A tristeza de encerrar ciclos que poderiam ser mais longos.
A sensação de incapacidade diante de notícias desanimadoras.
A angústia que se sucede. Pressão nas alturas (a dos ombros, e a arterial).
Respiro. Disfarço minha mente olhando para o céu.
Vejo as nuvens. Os passarinhos.
Queria hoje desafios menores. Me olho no espelho, digo mentalmente “vamos lá”.
Fazer o que tem que ser feito, porque así es e não há outra opção.
Falo com as amigas, num profundo desabafo, antes de iniciar o encerramente precoce dos ciclos.
Escuto palavras de apoio, de cuidado. Me engrandeço.
Planilha feita, calls agendados, olhos nos olhos – remotamente.
E uma nova rota se fez para 14 pessoas.
Decidi comprar o remédio para pressão, e tomar mesmo com medo dos efeitos colaterais – fruto de um trauma da pré-eclâmpsia na 1ª gestação. Provei pra mim mesma que traumas passados podem ser resignificados no presente, porque desta vez, tomei o remédio, normalizei minha pressão e não tive absolutamente nenhum efeito colateral. Fiz um paralelo da vida.
Decidi por 2 dias esquecer que existia celular depois das 18h. Meu olhar ficou parado no céu, na natureza, nos meus filhos, na Luna, e coloquei um programa na TV pra ‘zerar QI’ e não pensar em mais nada.
Eu precisava me esvaziar. De sentimento. De notícias ruins. Por isso, construí as minhas próprias boas notícias… e segui. Assim é a vida, né? Um indo e vindo infinito…
Se você não entendeu, não tem problema. Estas palavras só precisam fazer sentido pra mim.
Com amor,
L.

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