Escrever sempre me fez bem. Acho que é uma maneira de extravasar tudo que fica engasgado na garganta; tudo aquilo que não tenho coragem de dizer, enfim. As pessoas muitas vezes não compreendem certas atitudes, certos sentimentos.
O ano de 2007 foi realmente um ano de fechamento de ciclos. Aconteceram tantas coisas. Começo conturbado pelo desencontro comigo mesma, por tanta coisa ruim que me permiti sentir por não ter referência do que era considerado ‘aceitável’ dentro de uma relação saudável. Senti todo o amargo das minhas decisões erradas, me isolei do mundo para me reencontrar, me reerguer. De abril de 2006 a julho de 2007 vivi o período mais denso de minha vida. Mas ao mesmo tempo, o melhor, no sentido de reorganizar tudo, de mudar o cenário, de sentir por inteira aquela dor para finalmente perdoar, e não deixar ficar mais nada.
Fiz minha tatuagem, símbolo do equilíbrio que reencontrei. Comprei meu primeiro carro para experimentar a liberdade de ir e vir sem mais delongas e satisfações, terminei um antigo e longo namoro, recomecei a vida, começando pelo novo contato indispensável com meus amigos do coração. Quando estava em paz e absolutamente plena com minha própria companhia, Deus resolveu me dar de presente um encontro feliz, leve. Foi quando conheci o Lu, que chegou em minha vida para somar a alegria que havia redescoberto.
Meu beijo,
L.