Viva a 6ª feira! E a praia que me espera…

São Paulo, 27 de fevereiro de 2009
Hoje o dia está ensolarado.
.hahaha… eu me lembrei agora de quando eu estudava na escola; todo dia o cabeçalho era o mesmo. A data, como estava o dia, e a respectiva aula. Talvez isso fosse “obrigatório” pra nos fazer lembrar, mais tarde, que a escola não era assim o caos.
É engraçado como passamos por certos ‘dramas’ na vida. Estava lendo umas cartas antigas, e quando eu tinha idade entre 11-14 anos passei pelas minhas maiores crises existenciais, hahahaha… A escola era o meu tormento; o meu professor de Ciências, Nelson, nunca me entendia; todos os dias não eram marcados pelas aulas, mas sim pelas cartas aos amigos que eu não parava de escrever um só minuto. Eram para todos! Homens, mulheres, chatos, legais… todo mundo no final da aula ganhava uma cartinha (ou na hora do intervalo).
Ah! O Intervalo… era a parte predileta do meu dia… sempre rolava aquela paquerinha, aquele chororô, aquelas risadas, as brincadeiras, os “almoços” na cozinha – que eu era assim, viciada! – e teve uma época que tinha música no intervalo, ah como era gostoso!!! Todos os dias uma sala escolhia o CD que queríamos que tocasse, e a escola virava assim, uma ‘mini discoteca’ à luz do dia. Era Ivete Sangalo, Funk, MPB, Forró – Fala Mansa na época, febre nacional. Como eu gostava…
Chegando em casa sempre tinham as lições intermináveis, as mil novecentos e noventa e nove pesquisas que eu tinha que fazer na ‘Enciclopédia Barsa’ e escrever tudo em papel almaço. Caraca! Eu ficava HORAS fazendo isso… … e hoje eu sinto falta.
Sinto falta de pessoas humanas, de olhar nos olhos, de não ter mais a quem escrever cartas, porque hoje não se sabe o endereço dos amigos, apenas e-mails. Não paramos mais pra falar dos problemas… nossa vida desenfreada nos deixa cada vez mais afastados de quem amamos… não sabemos mais curtir um ao outro, tudo é muito superficial…
Ah! Como eu sinto falta de andar de cavalinho com meu avô, de pegar jabuticaba, de passar o tempo conversando com as amigas em cima da árvore, de ir pra praia só pra ver o pôr-do-sol. Gosto tanto dessa essência pura, de acreditar que com amor tudo pode ficar melhor, mais fácil, menos pesado, mas essa tal ‘modernidade’ nos trouxe novos hábitos. Agora é moda colocar a culpa na falta de tempo, no fechamento de negócios importantes, no trabalho que está demais, na correria do dia a dia.

. E quanta coisa vai se perdendo… .

Ninguém é tão ocupado que não tenha 1 minuto pra dizer ‘eu te amo, você é importante’; que não possa passar um final de semana tranquilo, sem pensar no stress que a próxima semana trará; que não possa sentar na frente do computador e mandar um e-mail para uma pessoa especial, pensando no que ela gostaria de escutar naquele momento. Mas o mundo está cada vez mais materialista, cada vez mais egoísta… O que importa é que eu não perco a esperança nunca! Que eu jamais vou perder minha essência… que eu vou continuar acreditando em amor verdadeiro e em príncipe encantado e em um final feliz, com uma família linda… Que eu vou continuar dando todo o meu amor a quem precisa, que as minhas coisas prediletas sempre estarão ligadas à natureza e aos amigos, enfim…. .vou continuar sendo assim, uma ‘estranha’ nesse mundo de gente mais estranha ainda…
Tenham todos um final de semana es-pe-ta-cu-lar!
Muito Amor, muita Paz!
Namastê.
.Lillica

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