"Loucos e santos"… e um pouco de mim!

Bragança Paulista, 28 de junho de 2011.

Frio congelante por aqui, e Vertical Horizon rolando… agora especialmente, “You’re god”. Adoro!

Há muito tempo não passava pelo drama dos hormônios descontrolados. A famosa TPM, assombração mensal na vida de muitas mulheres. É engraçado como não sabemos em que momento ela vai atacar, quanto tempo vai durar… irritabilidade sem tamanho por 5 minutos, vontade de chorar nos outros 5 próximos. É pessoal, não é fácil!

Eu tenho sorte. As pessoas ao meu redor já me conhecem e sabem que vez ou outra, quando o olhar estiver mais severo, e as “palavras duras em voz de veludo”, é sinal que ela atacou. Então, todos respeitam. Acho isso o máximo!

De manhã, logo que cheguei do trabalho, a Isinha já estava online. Como ela mesmo diz, meu “diarinho”… láaaaa de longe, ela consegue me acalmar, me fazer rir, me compreender… fala palavras certas, dá a opinião sincera. Eu fiquei pensando nisso: quantos amigos estão longe fisicamente mas tão próximos nos momentos oportunos?

Bem, além de ter pensado nisso, o Rafa, amigo querido que também está longe, sugeriu que hoje eu falasse sobre “Amigos distantes”. Ok! 🙂
Mas não somente sobre os distantes, tá?

Ultimamente, eu não tenho conseguido estar tão presente fisicamente na vida dos meus amigos queridos. E me cobro muito por isso… claro que é sempre o bendito tempo que precisamos dedicar mais ao trabalho, à família, ao lar… mas de tempos em tempos precisamos fazer um balanço geral sobre qual a prioridade estamos dando a nossa vida, e se estamos realmente felizes com nossas escolhas, por menores que elas sejam.

Eu posso escolher trabalhar das 8h às 20h todos os dias achando que isso trará um resultado melhor para minha empresa;
Eu posso escolher não investir tempo para me dedicar a Deus;
Eu posso escolher sempre achar uma desculpa para não estar com meus amigos;
Eu posso escolher entre responder este email hoje ou deixar pra amanhã;

Escolhas, escolhas, escolhas… são o direcionamento de nossa vida. A cada momento, a cada instante, estamos dizendo ‘sim’ para uma coisa, e ‘não’ imediatamente para outra. E assim, vamos trilhando o caminhar de nossas vidas…

Analisar nossos caminhos faz parte. O auto-questionamento, sob todos os aspectos, é sempre muito válido, e eu já escrevi sobre isso diversas vezes… porque, fazendo isso, eu estou inconscientemente pensando nas escolhas que eu tenho feito pra minha vida.

No dia de hoje, a TPM atacou. O marido entende – para minha sorte – mas eu parei pra pensar o que poderia ser feito, o que está em desequilíbrio.
Achei a resposta: minha saúde! Meu sedentarismo! Bingo!!!

A solução: tratar de marcar médicos para ver se está tudo tinindo e já exercitar o corpo! Para isso, seria ótimo meu amigo Rafa estar aqui… afinal, é personal trainer! Né Rafitcha!!!

Para tantos outros momentos, amigos se fazem sempre tão presentes, apesar de muitas vezes estarem ausentes… um e-mail inesperado, um telefonema de apoio, um ouvido para escutar nossas lamentações, brincadeiras para nos fazer rir, ombros para chorarmos… cada um com sua particularidade.

Existem amigos para todos estes grandes momentos de nossa vida… e que sorte a minha poder contar com tanta qualidade neste meu círculo de amizades… pessoas que podem até não fazer parte do meu convívio diário, mas que eu tenho certeza que sempre torcem por mim, oram por mim, dedicam seu tempo precioso para ajudar de alguma forma.

Não tem preço!

Em homenagem a vocês, deixo o texto do Oscar Wilde, um de meus favoritos, “Loucos e Santos”. E que, em cada uma de suas sessões de autoconhecimento, vocês sempre consigam achar uma solução e colocar em prática tudo aquilo que está em desequilíbrio. Isso ajudará muito todo bem estar, internamente e ao seu redor.

“Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril.”

Meu beijo,
Li

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