carta de amor à mim mesma.

o título da postagem é plágio da grande Marla de Queiroz.
ela fez sua própria carta de amor pra ela mesma e eu pensei: putz, eu vivo agradando tanta gente com palavras, chegou a minha vez. então, queridos, peço licença para tornar ‘pública’ uma conversa de mim comigo mesma.

“querida lillian,
tenho acompanhado bem de perto todo o seu período de transições… todo o seu pico de sentimentalismo escrachado, todos os seus altos e baixos, e a luta que por vezes trava com seu coração.
você sabe bem que está no lugar certo, vivendo com as pessoas certas para resgatar coisas que se fazem necessárias, não sabe? e sabendo disso, por quê você insiste tanto em teimar, em discordar com tantas coisas, em querer mudar o mundo? não! o mundo só precisa que a mudança comece em você…
você já conhece as leis de ação e reação, está cansada de saber que o pensamento positivo é infinitamente mais poderoso que o negativo, consegue colocar muitas coisas em prática mas, de repente, alguma situação contrária aos seus princípios acontecem e pronto: drama feito!
pare de achar que você é detentora de poderes mágicos. pare de achar que você está tentando ajudar alguém que você acha que precisa de sua ajuda, mas que na verdade está muito bem do modo como está.
as pessoas são diferentes. as pessoas mudam com o tempo. as pessoas trocam as prioridades.
o mundo não pára para saber de suas dores. ou para comemorar as vitórias diárias contigo.
faça as coisas por você em primeiro lugar. esteja bem com você mesma. sempre!
e não se cobre se um dia você acordar triste, ou quiser chorar copiosamente, ou não entender o motivo de suas angústias. mesmo sem saber, viva tudo que tem direito. extravase. de qualquer forma.
molde-se sempre. na vida, você assume diversos papeis. em cada um deles, foque totalmente. deixe a lillian séria ao sair do ambiente de trabalho. seja a lillian tia em sua totalidade, é a chance de você observar o modo como desejará ser mãe. com os irmãos, fale bobagens, besteiras, coisas que te façam esquecer dos problemas e percalços da vida… peça colo aos seus pais, mesmo que eles achem que você tem que cortar o cordão umbilical; eles sempre serão seu porto seguro, aqui ou em outro plano. dedique-se na sua relação como esposa e dona de casa. ouça o que seus amigos têm a dizer. encontre tempo para falar com eles, escrever uma mensagem, dizer que os ama. encare de frente o maior desafio: aceitar as pessoas como elas são. se isso estiver difícil, faça listas. liste coisas positivas das pessoas que você considera difíceis. depois, releia e veja o quanto todas as pessoas têm o que nos ensinar. mas liste também as coisas que você considera ruins naquela pessoa, já que existe aquele ditado que diz que quando apontamos um dedo ao outro, existem três sendo apontados para você. quem sabe você apenas está enxergando um espelho, e a suas próprias maiores dificuldades sejam a que estão refletindo naquela pessoa que você não consegue se relacionar…
aprenda com as diferenças. ache os dois lados de todas as situações. sempre há um caminho a seguir… você pode escolher ficar remoendo uma coisa que já devia ter ficado pra trás e viver em paz, ou continuar com aquele pensamento perturbador.
não culpe os outros porque nunca existem culpados inteiros. cada um é responsável pelas suas escolhas. se alguém te magoa é porque você permite.
esqueça! let it be. brinque com a situação. mude de comportamento. não se envolva demais…
e ame-se sob todas as coisas… sempre!
sempre estarei aqui para te ouvir, acompanhar, ajudar, buscar soluções para todos os seus bloqueios emocionais. auto conhecimento vale para a vida. o que te incomoda hoje, não te incomodará quando você tiver 50 anos. o nome disso é maturidade. take it easy. não queira atropelar as fases. é preciso respeitar a lei do tempo… somente passando por situações que hoje parecem desagradáveis, que você conseguirá criar conceitos e decidir não mais se importar com bobagens futuramente… porque o tempo passará a ser regressivo… e não progressivo… e tudo, todo instante, será muito mais intenso… e valerá muito mais a pena.
mantenha a calma. respire fundo.
tudo sempre dará certo.
luz para seu caminho, saúde para todas as ocasiões, muita fé sempre, muito amor no coração e conexão divina. todo o resto virá se você sempre cuidar da sua energia, da sua alma, do seu corpo e da sua vida.
e que o seu sorriso nunca se perca, mesmo nos momentos mais dolorosos da vida.
eu te amo, profundamente,
lillian”.

🙂

6 comentários sobre “carta de amor à mim mesma.

  1. MAravilhoso!! Só quem realmente se ama, se respeita, pode amar o outro. Eu te amo muito Lillian 🙂 E que bom que você também se ama, minha flor amada!

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  2. Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
    E então, pude relaxar.
    Hoje sei que isso tem nome…Auto-estima.
    Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
    Hoje sei que isso é…Autenticidade.
    Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
    Hoje chamo isso de… Amadurecimento.
    Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
    Hoje sei que o nome disso é… Respeito.
    Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
    Hoje sei que se chama… Amor-próprio.
    Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
    Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
    Hoje sei que isso é… Simplicidade.
    Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes.
    Hoje descobri a… Humildade.
    Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
    Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é…Plenitude.
    Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
    Tudo isso é… Saber viver!!!

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  3. Ual amiga…só tenho a dizer: PROFUNDO!!!
    Você se definiu como há muito não via.
    Siga em frente e não deixe nunca de escrever e compartilhar conosco dos mistérios da vida!
    Amo-te desse jeitinho todo assim 🙂

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