Começou a passar um filme brasileiro. O nome dele é “Estamos Juntos”.
Achei forte, mas caiu tão bem pra mim.
Fala sobre fazermos as pazes com a gente mesma, e tentar recomeçar sempre que for possível.
Hoje me senti muito mal. Decepcionei sem querer uma das pessoas que eu mais amo nesta vida.
É duro quando a gente fica cheia de boas intenções e no fim das contas as coisas não saem tão bem quanto a gente espera. Já não bastasse meu sentimento de culpa, este filme me fez refletir muito.
Diz algumas vezes no roteiro: “Você acredita que o medo pode deixar as pessoas mais egoístas?”
Talvez sim. Medo de falar alguma coisa e ser mal interpretada. Medo de fazer alguma coisa e se decepcionar. Medo dos desafetos que possam aparecer. Medo do que a gente não conhece.
Não falar por medo pode ser um jeito egoísta de deixar de fazer alguém feliz. O medo de fazer alguma coisa pode ser um jeito egoísta não pensar em surpreender. O medo do desconhecido pode ser um jeito egoísta de viver em nosso próprio pacato mundo. O medo dos desafetos é um jeito egoísta de achar que podemos ser felizes sozinhos.
O medo paralisa.
Às vezes sinto medo. Medo de ser assaltada. Medo da morte. Medo de deixar os que eu amo. Medo de ser deixada. Medo de tentar novas coisas. Medo de ser mãe. Medo de avião.
Hoje, por exemplo, estou com medo do fim da noite. Não sei o que ela me espera.
Só sei que estou de coração aberto. E aliviada, por incrível que pareça.
Mas ainda há o medo.
Aprendi com o Lu a encontrar a felicidade a qualquer custo. Mas não de forma irresponsável.
Hoje fui irresponsável, querendo encontrar a felicidade.
Sei que pra muitos este será um texto confuso, mas pra mim, que entendo cada linha, cada palavra que está sendo escrita, fará sempre muito sentido.
Atos bons e ruins devem ficar marcados.
Assim, a gente relê e se lembra de tudo, caso a memória falhe.
Detesto esse sentimento. Detesto decepcionar, porque me custa perdoar quando sou decepcionada.
Mas paciência… e o tempo como professor.
Só ele ensina nossas maiores lições de vida. Só ele.
”É isso. Pule no tal abismo quando seu coração bater tão forte que só te restará pular. Você só vai saber se fez a coisa certa, fazendo-a. Só se pode falar do que se conhece e não há como conhecer pela superfície, é preciso tocar verdadeiramente nas coisas e então, se deixar ser tocado por elas. O importante é lembrar que a escolha é sempre nossa e que no momento em que tudo nos foge ao controle é porque chegamos na parte mais importante do aprendizado.”
Meu beijo,
L.