Já fazia algum tempo que eu não conseguia ler algum livro que não fosse de crônicas, acho que desde maio. Foi-se Martha Medeiros, Clarice Lispector, Lya Luft e Rubem Alves. Olhando meus livros, decidi escolher o próximo: “Tempo de Esperas”, do Padre Fábio de Melo.
Parecia a resposta de Deus para mim. Quando li a introdução, entendi o recado. E ali estava o meu instante mágico do dia. Reescrevo para ler sempre que necessário, sempre que eu desanimar, sempre que eu achar que as coisas andam dando errado. A verdade é que tudo está em perfeita ordem, no seu devido lugar.
Que Deus e os Anjos sempre me lembrem disso. E que me perdoem quando eu não for imensamente grata pela minha vida, meu trabalho, minha rotina com meu marido, minha família.
O meu olhar alcança o longe. Contempla o território que me separa da concretização do meu desejo. O destino final que o olhar já reconhece como recompensa, aos pés se oferece como lonjura a ser vencida. Mas não há pressa que seja capaz de diminuir esta distância. Estamos sob a prevalência de uma posição existencial, regra que ensina, que entre o ser real e o ser desejado, há o senhorio inevitável do tempo das esperas.
Tenho certeza que me surpreenderei com a leitura deste livro.
Volto com os melhores trechos.
Vamos em frente, minha gente! 🙂
Meu beijo,
L.