Há 3 anos e meio, às 10h00 da manhã dissemos “SIM” para um juiz de paz que foi mais que um mero celebrante. Ele foi além. Fez-nos olhar nos olhos um do outro, dizer coisas do coração, lá do âmago, e nos deu um sábio conselho: “se um dia pensarem em desistir, ou se discutirem por algum motivo qualquer, lembrem das palavras que disseram um para o outro nos tendo como testemunhas; são estas palavras que significam o real sentimento que sentem um pelo outro”.
E, de lá, depois de fotos e abraços, fomos comemorar com simplicidade o que tinha sido mais do que uma assinatura de papeis.
Acho engraçado como o modo de falar daquele senhorzinho pequeno, parecendo o “Mestre dos Magos”, me leva sempre àquele momento da celebração: eu e Luiz, de mãos dadas, frente a frente, com olhos marejados e palavras doces vindas do coração.
Este primeiro semestre rumo ao nosso 4º ano foi o mais difícil de ultrapassar. Desgastante emocionalmente. Difícil. O que eu acho mais lindo é que, mesmo com cara feia e pequenas discussões, mesmo sabendo que as coisas não iam como sempre sonhamos, continuávamos ali, firmes, fortes, nos amando e respeitando, e driblando os acontecimentos chatos do que então estava sendo uma rotina massante e cansativa para nós dois.
Nestes 6 meses, o dia de domingo foi sempre o mais esperado, único em que finalmente podíamos fazer o que quiséssemos, juntos: beber além da conta, ver o time favorito jogar, brincar com a Luna e a Estopa, falar bobagens e esperar acabar o Fantástico para o início de mais uma semana em que a esperança era que o novo domingo chegasse, para termos as nossas preciosíssimas 24 horas juntos novamente. Sem pressa. Sem acordar correndo, tomar café correndo, ler o jornal correndo, almoçar correndo, me deixar no trabalho correndo, ir pra São Paulo correndo…
“Vida louca vida!”
Faltam ainda 9 dias para desfrutarmos do maior prazer do ano: nossa semana de folga juntos!
Desde o fim de novembro, vislumbro este momento.
Peço a Deus que sejamos merecedores de mais tempo juntos. Se sofremos tanto é porque nos amamos, porque sentimos prazer na companhia um do outro; porque é gostoso rir juntos, preparar a comida juntos, conseguir ver os amigos com calma, curtir a família, e nas 48 horas do final de semana, ter tempo pra nós dois, para nos reapaixonarmos, para o olhar ser ainda mais marcante, para a espera valer sempre a pena.
“A espera é difícil, mas eu espero sonhando…”
E por mais difícil que esteja este nosso momento da vida, a escolha foi nossa. Continuo sem querer mudar absolutamente nada da nossa história.
Desculpe meu mau humor que anda tão contante. Prometo que é só saudade. A sempre bendita!
Amo você!
Feliz 3 anos e meio de casados. Obrigada por ter me escolhido!
Sua L.A.B.
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“Eram bonitos juntos, diziam as moças. Um doce de olhar. Sem terem exatamente consciência disso,
quando juntos os dois aprumavam ainda mais o porte e, por assim dizer, quase cintilavam, o bonito de
dentro de um estimulando o bonito de fora do outro, e vice-versa. Como se houvesse entre aqueles dois,
uma estranha e secreta harmonia”