Sobre o que fascina.

Me perguntaram hoje, entre qualidades mais admiráveis em uma pessoa, qual era a que mais me fascinava. Achei uma pergunta um tanto difícil, nunca parei pra pensar exatamente o que me fascinava em alguém. Quando finalmente o fiz, não encontrei grandes qualidades como integridade, altruísmo ou mesmo humildade. Acho que essas são qualidades que admiramos, até porque são exercícios para a uma vida plena. A pergunta foi, o que mais me fascinava – se essa pessoa tivesse me perguntado de outro jeito, talvez a minha resposta seria outra, mas ela não perguntou. Ela usou exatamente essa palavra: FASCINAÇÃO. Eu, que não sou muito de pensar pra responder, pensei. Busquei no fundo da memória e do coração, todas as pessoas por quem tenho um carinho profundo e encontrei nelas a mesma qualidade: PAIXÃO. Essa era a minha resposta, é isso o que me fascina nas pessoas, a paixão. Seja pelo trabalho, seja por uma filosofia, seja por uma causa, seja por coisas pequenas. Percebi que a paixão extrapola a racionalidade. Que pessoas que têm paixão pelas coisas, sejam quais forem, são aquelas que se encontram nelas e por fim, as que mais se aceitam. Uma de minhas poesias preferidas de Fernando Pessoa, diz bem assim: “Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive”. E faço das palavras de Pessoa, as minhas. Pois admiro absurdamente as pessoas racionais, mas gosto perdidamente das que se entregam.

Sem medo de ser feliz. 
Meu beijo, 
L. 

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