Grandes conexões da vida.

A chegada em Atibaia aconteceu por causa da transferência do meu pai. Quando chegamos na cidade, tinha 6 anos. Acabei entrando mais cedo na 1ª série por causa da grande ajuda do diretor Waldir Bottura, que me concedeu a chance de fazer um teste e avaliar minha aptidão para acompanhar a turma da minha primeira, linda e inesquecível professora: tia Lurdes. Foi um ano lindo, onde fiz muitos amigos que mantenho contato até hoje. Nesta escola, José Alvim, permaneci até o 2º ano do Ensino Médio. Nela, vivi coisas belíssimas, dramáticas e engraçadas durante os nove anos de convivência: ganhei a minha primeira cartilha, pude presenciar a alegria de ser bem acolhida pelos amiguinhos, comia bolo de chocolate com morango por alguns anos todo dia 16 de setembro, meu aniversário, levava pacotes de doces para meus coleguinhas no dia de São Cosme e Damião, me apaixonei pelas idas a biblioteca, descobri que minhas matérias preferidas eram a Língua Portuguesa – definitivamente por causa da minha professora, Ana Maria –, Matemática e Química. Detestei Física com todas as minhas forças, apesar do professor Chico ter uma grande boa vontade e paciência em ensinar. Adorava os jeitos das professoras Cecília e Helena em explicar História. Sempre fugia da Educação Física. Ciências e professora Joana tinham tudo a ver – como as aulas dela eram divertidas! Não sei quantas vezes assisti “Matilda” na sala de vídeo, ou quantas vezes tive que me levantar para a professora Anita entrar em aula, nem quantas cartas escrevi e troquei com a Si nas aulas do professor Nelson, sequer imagino quantas vezes fui para a diretoria por não controlar meus ataques de riso, nem quantas vezes enchi o saco da Marcinha – inspetora – só pra vê-la irritada, e nem quantas vezes eu pequei perguntando para o Sérgião se a bronca era pra mim, rindo (ele era/é estrábico, e naquela época o termo bulling ainda não existia). Também não sei quantos desenhos livres desenhei, nem quantas redações com os temas “livre” ou “minhas férias” escrevi, mas sei que escrever sobre tudo isso e me lembrar de detalhes, sensações e emoções fez de mim mais feliz hoje. 
E então, novas conexões foram surgindo. 
Ainda na minha infância, a Érica, melhor amiga da minha irmã na época, quis me apresentar a prima dela, Talita, para brincarmos. Eu e ela nos estranhamos muito no início, mas construímos uma amizade incrível que vem até hoje… A Talita era vizinha da Thaís, que também estudava no José Alvim, e assim começou a grande história destas que sabem absolutamente tudo sobre a minha vida. Minhas confidentes que, apesar de atualmente nos vermos pouco, são sempre encontros de muita qualidade e sensação de que ‘parece que foi ontem’. Viveram comigo grandes marcos: meu primeiro beijo, meus primeiros dramas emocionais, o primeiro amor, o “virar mocinha”, os primeiros “vídeos vergonha alheia dançando axé com micro short vermelho perolado”, os primeiros carnavais do São João, as primeiras baladinhas, as primeiras brigas por ciúme, a primeira vez que assisti ao terrível Faces da Morte, o primeiro encontro da turma para ouvir o CD “As 7 melhores da Pan”, o primeiro pacote de Bono com leite assistindo Sessão da Tarde. 
Juntas, nós três entramos no escoteiro, onde me diverti e aprendi muitas coisas sobre a amizade, comportamento e respeito ao próximo. Lá fiz amigos incríveis e eternos: Ana Paula, Ju, Paulinha, Paty, Marina, Tatty, Van, Rafa, Ro, Nilo… tantas pessoas tão queridas e inesquecíveis! 
Depois do algum tempo, as duas mudaram de escola e eu continuei no José Alvim. Foi quando eu e a Carlinha nos aproximamos mais e eu pude conhecê-la e me apaixonar pelo jeito tão distinto de mim, muito menos dramática e muito mais racional, mas com um coração do tamanho do mundo e um carinho imenso com as pessoas que ela prezava. Juntas vivemos grandes histórias, dividimos muitos pacotes waffer, dormimos muitas tardes depois da escola até chegar a hora de assistir Malhação, subimos infinitas vezes o escadão para passear a pé na cidade e curtimos bons momentos juntas no Guarujá, quando meus pais tinham apartamento por lá. Minha querida e amada amiga, compartilhando a vida comigo até hoje!
Depois do 2º colegial, estudei na Faat porque o senhor Waldir, então diretor do José Alvim, havia assumido a direção de lá. E meu 3º ano foi sensacional, éramos um grupo de 12 pessoas que fizeram minha vida mais feliz! Perdi a conta de quantas vezes eu chorei de rir com a Si, a Tha, a Lu e o Carlos Magno. Gente do céu! Na Faat, o professor Gustavo me deixou uma grande lição: “para criticarmos algo, é preciso que tenhamos entendimento e bons argumentos especialmente sobre o que não concordamos, para assim defendermos nosso ponto de vista”. Foi ainda neste ano de 2002 que grandes coisas aconteceram: me apaixonei perdidamente pelas aulas de Redação, graças às aulas extras que eu tinha com a minha professora favorita da quarta série, Ana Maria; e também foi o ano em que conheci o Fafá e a Mimas, pessoas amadas e inesquecíveis da minha vida! (A Mimas volta em outro capítulo!)
Passado o período escolar, entrei na faculdade de Hotelaria. As idas e vindas eram alegria garantida com as conversas deliciosas com a Keka, a Ro, a Mari e a Dani. Como eu me divertia com elas e como ria com o Júlio, vulgo Zé. É uma época deliciosa onde apesar do cansaço de trabalhar e estudar, nada era perdido; todo momento era curtido. Através da Hotelaria, conheci pessoas encantadoras. Até hoje mantemos contato, especialmente as Carol’s. 
Já no 1º ano de faculdade, iniciei um estágio na prefeitura de Atibaia. Foram grandes aprendizados. Tendo terminado o estágio, por indicação da Gabi, que trabalhou com a minha irmã em seu primeiro emprego na MGM Seguros, que é cunhada da Analu, diretora do Yázigi de Atibaia, que eu consegui meu 1º emprego com a carteira assinada. Comecei no dia 01 de agosto de 2005, e foi a época de maior valor emocional da minha vida profissional. Analu e Nani, minhas chefes, acompanharam metade da minha faculdade, e me deram grande apoio e incentivo nos trabalhos finais que desprendem de tanta energia… lá, trabalhei com pessoas incríveis, que foram grandes motivadoras no período de maior crise emocional que passei, nos anos de 2006 e 2007. Agradecimento especial a Ana Paula, Mazi, tia Vilma e Cinthia, que não deixavam a minha peteca cair.
O fato é que por causa do protagonista pela minha maior crise emocional citada acima, comecei a fazer novos amigos e reativar contato com os antigos: Leo, Rafa, Ci, Li, Rodolfo, Rodrigo, Tati, Gaby, Lisa, Monikita foram os grandes responsáveis por me tirar da fossa, me reerguer e me fazer novamente acreditar na alegria da vida e de poder contar com amigos de verdade. Ainda por causa do ex, conheci a Débora, que tinha com o então marido um bar que virou ponto de encontro de muitas risadas… E tendo passado pela maior decepção da minha vida, a Débora me colocou pra cima e me disse que eu deveria conhecer seu primo Luiz para levantar o astral. Conversa vai, conversa vem, descobrimos que a ex namorada do Luiz era grande amiga da Simone, minha melhor amiga na adolescência.
Apesar da intenção de conhecer o Lu tivesse sido apenas porque ele realmente faz jus ao apelido, “Risadinha”, me apaixonei perdidamente por ele. Menos de um mês após nos conhecermos, aconteceu um pedido de namoro. Três meses depois, ele me pediu em casamento. 
No início do nosso namoro descobrimos que a Monikita, minha amiga, era vizinha do Lu em São Paulo, na Zona Leste e ela foi um grande anjo nesta fase; eu ficava na casa dela esperando o Lu chegar. A Mo também me apresentou a Thali, uma grande querida! E sempre que dava estávamos juntas papeando sobre a vida. 
Um ano e três meses depois do início do namoro, eu e o Lu decidimos morar juntos em São Paulo, a cidade mais temida por mim! Em junho de 2009 resolvemos nos casar, e quem tirou as fotos do meu casamento foi a Mimas, amiga linda e inesquecível que conheci lá na FAAT. Emoção foi apelido! 
E tudo isso porque estou terminando de ler Laços Eternos, da Zíbia Gasparetto, que fala muito sobre o quanto as pessoas que passam em nossa vida realmente não passam em vão… e porque esta frase da figura no início deste post (se não reparou, volte um pouquinho) diz muito sobre o quanto muitas vezes julgamos as pessoas sem ao menos tentar entender quais são as marcas e traumas que ela carrega pra ser exatamente como é. 
O desenrolar do novelo da vida é mesmo incrível.
Nada é em vão. Mesmo! 🙂 
L.

(As conexões surgidas depois destas já citadas são longas, também inesquecíveis e merecem dedicação para mais um post. Por isso ele será continuado…) 

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