Atibaia, 11 de setembro de 2014.
Ouvindo “Vamos Fazer Um Filme” – Legião.
Em cinco dias, completarei 29 primaveras. Já começo a fazer uma retrospectiva feliz deste último ano que está ficando pra trás… realizei em um ano quatro dos grandes sonhos da minha vida: o casamento, descobrir a minha gravidez, viajar para a Europa e me tornar mãe.
Engraçado como hoje todas as minhas prioridades mudaram. Tudo que faço, penso, imagino, sonho, tem a ver com a qualidade de vida que vou proporcionar para o meu filho. Tem a ver com as tantas sessões de terapia que fiz tentando entender meus traumas para que ele não sofra com as transferências. Meu tom de voz segue mais calmo, para não assustá-lo. Conto até trezentos pra não dizer o que não devo com o Lu, e assim evitar que ele presencie qualquer discussão ou mal estar.
Ele chegou e me transformou. Automaticamente, surgiu em mim alguém que tentava muito ser. Mais paciente, mais tranquila, mais realista.
É realmente desafiadora a missão de criar e educar uma criança.
Semana passada, quando entrei na farmácia para comprar shampoo e lenços umedecidos para ele, comprei também – como de praxe – a revista Sorria, que adoro tanto. Na capa, o tema era “Qual a sua Causa?”.
Hoje, a minha causa é criar um ser humano com os pilares morais fortificados, para que ele tenha condições de se defender e não se corromper nesta selva de pedras.
No mais, foi ele quem me escolheu. Temos uma missão juntos.
Que ela seja cumprida com muito amor e numa base sólida de carinho e aconchego.
Afinal, qual a missão mais importante de uma mãe que não ser confiada para trazer calma e paz a seu filho sempre que ele precisar?
A cada dia, estou me redescobrindo. Descobrindo em mim uma força interior jamais experimentada, vindo com a plenitude e força de uma MULHER mesmo. Mais madura. Mais sensata. Mais completa.
Sei que experimentarei aos 29 anos tantas outras grandes emoções… agora, sempre divididas com este pedaço de mim, do meu próprio coração.
Que venham as novas descobertas e um novo jeito de viver a vida, contemplando os pequenos instantes mágicos diários com a minha família. Encontrando lições nas adversidades. Seguindo com convicção a teoria de que é preciso optar pelo que faz nosso coração vibrar. Tendo equilíbrio para não esquecer de nenhum de meus papeis sociais, lembrando-me sempre que sou um ser humano apenas, que nem sempre vai acertar, que nem sempre escolherá o mesmo caminho.
E que, mais do que nunca, a simplicidade me baste.
Que seja um ano feliz. Com menos matéria e mais sensibilidade no tempo de qualidade com quem amo.
Que assim seja. Que assim esteja.
Amém.
Que assim seja. Que assim esteja.
Amém.
Sem essa de que: “Estou sozinho.”
Somos muito mais que isso
Somos pingüim, somos golfinho
Homem, sereia e beija-flor
Leão, leoa e leão-marinho
Eu preciso e quero ter carinho, liberdade e respeito
Chega de opressão:
Quero viver a minha vida em paz
Quero um milhão de amigos
Quero irmãos e irmãs
Deve de ser cisma minha
Mas a única maneira ainda
De imaginar a minha vida
É vê-la como um musical dos anos trinta
E no meio de uma depressão
Te ver e ter beleza e fantasia.
E hoje em dia, como é que se diz: “Eu te amo.”?