Eu não escolhi ser mãe.

Fragmentos de um texto incrível da Carolinie.

“Eu não escolhi ser mãe… Não conscientemente. (…) E a vida cobrou de mim uma maternidade ativa, consciente, integral… 24 horas, sem babás, com seios fartos e vovós ocupadas. Eu ouvia falar de amor incondicional mas não poderia imaginar o que é amar uma pessoa para além das condições. Incondicional é amar na exaustão. No encontro com seus medos e suas frustrações. Incondicional é amar na falta. Na dor. Amar o espelho. É se trancar no banheiro pra chorar porque acha que não tá dando conta (…) Amor Incondicional é ensinar ao seu filho como se acalmar… ainda que você não tenha aprendido (ainda). É dar uma paz que nem você tem. É buscar força aonde não se sabe bem. É sempre dar um colo, ainda que ele te falte (ainda). Ao ser mãe eu entendi tanto a minha mãe… Principalmente suas falhas, suas lacunas, seus silêncios e ataques. (…) Sim… porque você também tende a repetir a sua mãe, justo naquilo que você sempre criticou. Ser mãe me ensinou a voltar pra casa, a cuidar da casa, logo eu que no auge do meu machismo escondido, achava cuidar do lar tarefa menor… Hoje encaro como um resgate dessa mulher em mim… que nasceu com meus filhos e que nasce e morre a cada dia. Mais do que tudo… o que mais a maternidade me ensinou foi que ao me curar estou curando toda uma geração de mulheres. As que vieram antes e as que virão depois de mim… e que o exemplo é sempre a melhor forma de ensinar, ainda que a si mesmo. (…) Quanta mudança de quem sou e como o tempo corre depressa!”


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