O Perdão

São Paulo, 31 de julho de 2015. 

Há algum tempo converso com o Lu sobre coisas que me incomodam no dia a dia. Coisas banais, quando nos pegamos reclamando de algo sem sentido, nos esquecendo do quanto somos abençoados; ou o quanto criticamos e julgamos o outro, nos achando seres perfeitos, donos da razão. Adoramos usar o “se fosse eu…” 
Sempre temos aquela “opiniãozinha” na ponta da língua. Por mais difícil que seja, sem que percebamos é isso que acontece. 
Julgamos e somos julgados o tempo todo. Todo o tempo. 
Precisamos nos policiar sobre nossas atitudes, palavras, pensamentos, sentimentos. Não é fácil. 
Encontrar a paz interior e não sermos tomados pela cólera que os dias de hoje se apresenta exige de nós um trabalho árduo. 
Sermos totalmente gratos pelo que temos e somos e sermos responsáveis pelas nossas escolhas é importante, mas nem sempre é o que acontece. 

Estamos sempre rodeados por pessoas de todo tipo: as que nos querem bem, as que fingem que nos querem bem, a que não fazem a mínima questão e – infelizmente – as que nos querem mal. 
É uma energia pulsante que não acaba; chega até nós e nos fortifica ou nos enfraquece de tal forma que não temos coragem nem de levantar da cama. 
Eu acredito e acho isso sério, muito sério. 
Mas… eis que hoje li um texto de Papa Francisco que me abriu um sorriso despretensioso. 
Dia a dia, precisamos nos lembrar que realmente ninguém é perfeito e que, quando apontamos um dedo para alguém, é bom lembrar que existem mais quatro apontados para nós. 
A Lei de Ação e Reação não falha. 
Já errei e já fui julgada sem chance de defesa. Sei o quanto doi.
Aceitar nem sempre é fácil. Mas é possível. 
Nunca agradaremos a todos. 
O importante é estar em paz com nossos erros, acertos e nossa maturidade e aprendizados na longa caminhada chamada VIDA a qual nos dispusemos participar, viver. 
Que eu me lembre disso tudo todos os dias. 
E que eu tente ser um pouco melhor a cada dia. 
Amém. 


FAMÍLIA, LUGAR DE PERDÃO…

Não existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não somos perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita nem temos filhos perfeitos. Temos queixas uns dos outros. Decepcionamos uns aos outros. Por isso, não há casamento saudável nem família saudável sem o exercício do perdão. O perdão é vital para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas.Sem perdão a família adoece. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente e a alforria do coração. Quem não perdoa não tem paz na alma nem comunhão com Deus. A mágoa é um veneno que intoxica e mata. Guardar mágoa no coração é um gesto autodestrutivo. É autofagia. Quem não perdoa adoece física, emocional e espiritualmente.É por isso que a família precisa ser lugar de vida e não de morte; território de cura e não de adoecimento; palco de perdão e não de culpa. O perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza; cura, onde a mágoa causou doença.

Papa Francisco.

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