Atibaia, 11 de dezembro de 2015.
Ouvindo “Amor I Love You” – Marisa Monte
Esta semana estou cheia de orgulho. Em setembro deste ano, quando tivemos que colocar Beni na escola para que ele não se sentisse rejeitado com a chegada do irmãozinho, confesso que tive medo. Medo desta primeira grande separação, medo que ele se sentisse mal por algum motivo, medo de não estar mais perto 24 horas. Medo, e um quê de culpa por ter que começar a mudar toda rotina planejada – já que a intenção era ficar com ele até os dois anos.
Os dias passavam, ele ficou bastante doentinho como previsto. Pensava: “meu Deus, será que estou fazendo ele sofrer?”, como se ele não fosse passar por isso se entrasse na escola mais velho. Lembrei que não consegui amamentá-lo e veio a culpa novamente: “faltaram anticorpos no início de vida”. E então, a cada dia que ia levá-lo a escola, era como se ele me disse “mãe, tá tudo bem…”. O sorriso com que ele entrava por aquela porta, os retornos das professoras, a delicadeza e paciência que todos tiveram com ele mesmo sendo o único menino da sala e o mais “bebezão”.
Ver a alegria no rosto do meu filho me fez ter certeza que tomamos a decisão certa. Entendi um pouco mais sobre o que é orgulho de uma mãe durante a sua primeira reunião escolar quando, só em ouvir seu nome, eu e seu pai choramos como crianças que acabaram de realizar o maior sonho.
E no dia de sua apresentação como Palhacinho, te ver ali tão tranquilo e querido, totalmente adaptado, me fez perceber o quanto sou uma mulher de sorte por ter sido escolhida por você para vir ao mundo.
Não há nada mais bonito que sua felicidade, seu carinho conosco e agora com seu irmão Miguel.
Obrigada, filho, por ser tamanha bênção em nossas vidas.
Te amamos. Do umbigo.
Mamãe e Papai.