Atibaia, 20 de novembro de 2016.
Ouvindo Brigitte Bardot – La Madrague ♡
Não tivemos uma semana tranquila por aqui; desde domingo passado, Beni estava meio pra baixo e na segunda começou com febre e a estomatite veio com tudo! Segunda, terça, quarta. Quinta-feira, a febre veio para o Mimi – graças aos nossos Anjos da Guarda, acredito ter sido apenas por causa do dente que tinha acabado de rasgar – e para mim. Sexta-feira, Deusinho foi TÃO generoso comigo que fez o cliente desmarcar a reunião que o Lu teria em Amparo em cima da hora, só pra ele conseguir fazer home-office. A febre em mim continuou, não conseguia mexer meu corpo de tanta dor.
Entrei no banheiro para chorar e deixei meus filhos chorando. Chorei na frente dos meus filhos. Estava em estado de choque. Cansaço. Exaustão. Já estava misturando as palavras. Vendo coisas. Aflita por estar perdendo totalmente o controle e o equilíbrio. E foram “apenas” dois dias e três noites de choro intenso e sem dormir.
Privação de sono e ausência de silêncio para que eu me restabeleça são fatores que, se acontecem juntos, me tiram do rumo muito rápido.
Depois de trabalhar bastante pela manhã e começo da tarde, o Lu conseguiu assumir o tranco e eu consegui ficar deitada por um longo tempo. Só consegui recuperar a minha dignidade, ir tomar banho e tirar o pijama às 19h30. A dor no corpo já estava passando. Agradeci aos céus.
Sábado já estava bem melhor e sentindo que começava a voltar ao eixo.
Depois de dormir mais uma noite inteira sozinha, acordei hoje com outro pique! A dor de garganta tinha ido quase completamente. Beni tinha se recuperado e conseguiu comer normalmente. A febre do Mimi passou e ele não tossiu mais.
Oração de pai e mãe é mesmo porreta.
Ganha uma força gigante e uma equipe de ajuda extra também – eu sei!
Hoje – 20/11 – eu e o Lu completamos 9 anos e 2 meses de namoro. Brindamos a vida no café da manhã e agradecemos pelos nossos filhos, pela nossa família, pelo nosso caos, pela nossa luta que só a gente sabe, por tudo e tanto…
Ficamos em casa, fizemos nada demais, mas hoje a plenitude voltou a tomar conta do meu coração. O dia terminou com a casa ajeitada para começar a semana no zero a zero. O silêncio das crianças me trouxe paz. Enquanto o Lu as fazia dormir, eu estava na cozinha adiantando o almoço para amanhã. Me deu vontade de chorar de tanta emoção e gratidão pela minha família. Fiquei imaginando os ciclos da vida, agradeci pela oportunidade de ter ficado grávida cedo, de conseguir curtir meus filhos, cada pedacinho de vida deles. Pensei na delícia que deve ser se reapaixonar pelo homem que eu escolhi para compartilhar minha vida e voltar a viver somente com ele daqui uns anos. Depois pensei no quanto depois desta fase de “êxtase e liberdade plena de viver o que quisermos sem mais interferência alguma”, deve ser maravilhoso quando chega uma nova vida na família. Pensei na alegria indescritível que deve ser ver seu filho tendo um filho. Imaginei o quanto de MAIS VIDA isso significa na vida de uma família.
Sempre converso com o Lu sobre o quanto as decisões de hoje trarão consequências amanhã. Hoje não julgamos mais nenhum tipo de decisão dos outros; casais que decidiram não ter filhos, amigos solteiros que querem permanecer solteiros por toda vida; casais que decidem ter filhos bem mais tarde. Apesar deste livre arbítrio, fico realmente pensando sobre o futuro de cada um. Imaginando se lá na frente não surgirá qualquer arrependimento… isso, claro, tendo a minha história como referência. Sempre achei incrível poder dividir a vida com alguém especial, um amor tranquilo, livre, leve; um amor para somar. Tudo isso para fechar meu raciocínio de imaginar quem lá no futuro terá a casa cheia e nem precisará se preocupar com a solidão.
Vejo meus filhos e penso: será que serei avó? Eu espero muito, muito que sim!
Penso neste futuro com uma mesa grande posta para todos nós, em família, e uma mesinha ao lado para os meus netos, novos seres de luz.
Que tenhamos boa saúde física, mental e espiritual para enxergar tantos presentes diários e para imaginar um futuro lindo pela frente, independentemente dos surtos e desequilíbrios do caminho, sempre tão importantes e necessários para nos tirarem da zona de conforto que sem querer estabelecemos.
DEUS, obrigada por esta semana desafiadora.
Quanta LUZ meus guias me trouxeram por conta dela.
Minha família: minha maior e melhor escola de amor, respeito, gratidão, paciência, tolerância, resiliência, equilíbrio, calma, paz.
Que comece mais uma semana, com novo fôlego, novos ares e arregaçar das mangas para viver melhor a cada dia.
Obrigada, Deusinho.
Gratidão, Universo, Anjos de Luz, Anjos de Guarda.
Vocês são incríveis.
Meu beijo,
L.