Atibaia, 18 de outubro de 2016.
Ouvindo “Eduardo e Mônica”, do Legião.
Quando começou a tocar esta música na rádio, comecei a cantar como de costume.
“Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração, e quem irá dizer que não existe razão?”
Comecei a pensar ainda mais nesta fase da maternidade ativa que estou vivendo. Nessa mistura de emoções e sentimentos, na energia impulsionadora que meus filhos trazem, a mim e ao meu marido, pensando sempre em novas estratégias para termos tempo de qualidade com nossos filhos, imaginando mil e uma possibilidades no mundo adultos e pesquisando outras tantas mil brincadeiras baixo custo para garantir diversão, gargalhadas e memórias afetivas: novas para os meninos e inesquecíveis para mim e o Lu.
No casamento, depois que os filhos nascem, tanta coisa muda, se modifica, melhora, piora, esgota, admira, renova, desespera! Somos tanto tudo que nos rodeia, trazemos tanto do nosso entorno para dentro do nosso lar, para dentro de nós mesmos através das emoções, que existem fases extremamente desafiadoras.
Alguns dos pontos principais que enfrentamos aqui em casa como casal são: exaustão pelo sono picado e dificuldade em conseguir um tempo apenas para nós dois não nos perdermos um do outro.
Entre tentativas, erros e acertos, vamos vivendo um dia de cada vez, dialogando, transformando. Uma coisa é certa: atravessar os desafios juntos e em parceria é algo divino e motivo de muito orgulho e gratidão.
Apesar de muitas vezes nossas decisões nos deixarem um pouco afastados, sabemos que isso é passageiro e sempre pensamos nas crianças e depois em nós. Mas isso foi acordado lá atrás, de maneira sutil, vivenciando o dia a dia.
Há um mês, depois de semanas de madrugadas avassaladoras, cansativas e que mexeram abruptamente com nossos humores, decidimos tentar uma nova técnica: eu passaria a dormir com Benício e Miguel no meu quarto e ele ficaria no quarto dos meninos para conseguir dormir e voltar ao eixo.
Deu super certo por um lado: crianças acordando menos e mais seguras por me ver ao lado. Por outro: perdemos provisoriamente aquele momento tão gostoso que é deitar para conversar ou assistir a um programa leve de conchinha, falando bobagens ou tendo ideias sobre o futuro.
Para conseguir ao menos olhar para o Lu, sugeri que voltássemos a tomar banho juntos. Há tanto não fazíamos isso. Ao menos em algum momento do dia saberia que seríamos apenas eu e ele, sem interferências. Têm dado certo.
Na criação dos filhos, não existem regras e muito menos manual de instruções. Cada qual se adapta ao que for melhor para a dinâmica familiar. No nosso caso, este desgaste noturno estava colocando nosso juízo em jogo; estava tirando a paciência que tanto precisamos para criar nossos filhos.
Foi a melhor decisão que tomamos. A melhor decisão que tomamos JUNTOS, como deve ser. Diálogo é fundamental. Empatia também.
“E os dois comemoraram juntos e também brigaram juntos muitas vezes depois… e todo mundo que ele completa ela e vice-versa, que nem feijão com arroz…”
E você? Sente dificuldade em equilibrar tudo também?
Não faltando amor e boa vontade, tudo se encaixa. Sempre! ♥
Meu beijo,
L.