Atibaia, 15 de outubro de 2017.
O feriado terminou e fiquei feliz em ter colocado muitas pendências em ordem. Fiquei juntinha da família, consegui finalizar parte da minha monografia, reencontrei amigos que não via há tempos.
Mas hoje em especial, um acontecimento mexeu comigo.
Acordamos todos em casa. Enquanto os meninos brincavam, eu arrumava a casa e o Lu ajeitava a mesa do nosso café da manhã como de costume. Decidimos comer lá fora porque apesar de um ar fresquinho, o dia estava lindo e tinham vários passarinhos cantando pra gente…
Depois que comeram seus pãezinhos, tomarem iogurte e comeram banana, os dois pediram pra sair da mesa para irem brincar.
Mimi tinha feito cocô e enquanto eu finalizava meu café, o Lu foi trocá-lo. Beni foi atrás.
Nestes pequenos-imensos 2 minutos e meio que meus três meninos estavam longe de mim, começou a tocar a música “Por Enquanto” – versão da Cássia Eller.
Cantei a música em voz alta e senti algumas lágrimas escorrendo.
Imaginei minha vida daqui uns anos… imaginei o cenário futuro que me espera, com a casa toda arrumada, com o tempo todo disponível pra mim novamente. Ao invés de sentir alívio, me deu um nó no peito.
Entendi que minha felicidade está toda onde quer que estejamos juntos, impressa nos risos soltos, nas birras, nos empurrões dos meninos, nos abraços calorosos em família, nas brincadeiras na grama com as cachorras, nas pequenezas construídas com nosso jeito, nosso amor.
Sei que um dia já verbalizei que meus filhos não param. Que não sei de onde sai tanta energia. De onde vem tanta curiosidade… mas depois desta sensação de hoje, percebi que o agito e a energia deles é o que mais quero sentir. E me impregnar. Enxergo diariamente o brilho nos olhos de meus filhos, sempre felizes em descobrir algo novo. Que bom que ainda temos bastante tempo para que eles me ensinem mais sobre a maravilha de enxergar felicidade nas coisas mais simples… e que, mesmo quando a casa estiver silenciosa, que a energia da alegria que sinto em viver a vida com os meus meninos jamais cesse.
Gratidão, Deusinho, por em mais este momento ter me ensinado que eu devo seguir sendo grata, todos os dias, sempre e sempre.
Que as estações mudem de tempo, mas nunca de essência.
Meu beijo,
L.