Quantos filhos teremos?

Atibaia, 18 de fevereiro de 2018

Ouvindo “Amor de Índio”

Já era pra eu ter passado por aqui antes, mas eu vivi dias de exaustão intensa e também estou em processo de não me culpar quando algo não sai como o planejado ou desejado – não que seja fácil pra mim, mas exercitar a compaixão por mim mesma tem trazido paz para o meu ser.

Desde que engravidei do Mimi tomando remédio, aquele susto tão grande me traumatizou. Hoje ele é luz infinita em nossa vida e não conseguimos imaginar como seríamos se fôssemos apenas três, mas na época causou sim grande impacto.

E então, há algum tempo vínhamos nos questionando sobre a possibilidade de um de nós operar para não termos mais filhos. Não é um diálogo fácil – aliás, qual é? –, mas foi necessário amadurecermos em nós essa ideia.

Ter filhos é maravilhoso, mas requer disciplina, desprendimento, resignação. E eu e o Lu temos planos muito simples mas para nós muito significativos no futuro – já venho cuidando do momento onde do mesmo jeito que nossa liberdade foi totalmente transformada quando os meninos nasceram, nos será devolvida integralmente assim, da noite para o dia e lidar com tempo livre para quem não respira por anos não deve ser exatamente a coisa mais fácil do mundo, por incrível que pareça.

Penso nas viagens que ainda não fizemos. Nos cursos que poderemos fazer porque voltaremos a pensar exclusivamente em nós. Nas aulas de dança de salão. Na renovação de votos só entre eu e ele para quando esta nova fase chegar – como um recomeço.

Foi então que, três semanas atrás, o Lu me deu uma grande prova de amor: fez vasectomia.

Decidimos cuidar, zelar, educar, curtir, amar Beni e Mimi até que eles criem suas próprias asas para, então, seguirmos nosso próprio voo.

Ainda falta tanta coisa… 

Tudo que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo o cuidado
Meu amor
Enquanto a chama arder
Todo dia te ver passar
Tudo viver a teu lado
Com o arco da promessa
Do azul pintado
Pra durar

Abelha fazendo o mel
Vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor
E ser todo
Todo dia é de viver
Para ser o que for
E ser tudo

Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado
Meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do seu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver

No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser todo

Assim seguimos.
Olhando juntos para mesma direção.

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Meu beijo,
L.

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