Encontros da vida

Eu não sei quando esta história começa e nem quando termina. Talvez porque nossa sensação é de que experienciamos nesta vida um grande reencontro entre nossas almas, tamanho o conforto que sentimos na presença umas das outras.

Flávia. Lillian. Paula.
Capricórnio. Virgem. Touro.

Tríade.

Triângulo equilátero.

1996. Escoteiro. Patrulha Águia. Verde e preto. Acampamentos.

Neste cenário, pude viver por alguns anos ao lado da Paulinha. Desde sempre trocamos cartas recheadas de sentimentos, da exacerbação do sentir. Nada em nós era morno. Nem o amor. Nem os dramas. Nada passava em branco. Apesar de novas, fortalecemos uma relação duradoura e muito afetuosa. O cuidado com que nos tratamos era raro já naquela época.

2007. Atibaia. Lucas Nogueira Garcêz. Locadora REC.

11 anos depois, em um encontro casual enquanto alugávamos DVDs, nos reencontramos. Num abraço longo e forte, entrei em êxtase quando ela me contou que tinha terminado a faculdade e que estava procurando um lugar para dar aulas de Francês.

Eu trabalhava neste lugar.

Nosso reencontro estava marcado. Não acredito em coincidências.

Hoje, entendo que nossas vibrações estavam na mesma frequência. O Universo tratou de nos presentear com a solução que nós duas esperávamos. Ela, trabalhar. Eu, aprender Francês.

2009 me levou pra longe. Depois de mais alguns capítulos de vida escritos e encerrados, retornei para o meu ponto de origem.

2012. Atibaia. Coquetel de inauguração da escola da Paula. Chez Pauline – um sonho concretizado.

Naquele dia, eu e Flavinha nos cruzamos. A prima chegou para ajudar. Com um quê de doçura louca ou loucura doce, aquela bipolaridade me conquistou desde o primeiro dia.

Por pouco mais de 365 dias, vivemos – e revivemos – histórias de amor, de caos, de desespero, de angústias, de resoluções, de chegadas, de diálogos, de risada até a barriga doer, de escolha de playlist bizarra para trabalhar, de bipolaridade, de má comunicação, de alegrias infinitas, de sonhos realizados, de metas cumpridas, de práticas de yoga, de meditação, de festas, de dancinhas animadas, de cafés e cigarrinhos.

A tríade perfeita.

O desequilíbrio perfeito.

Silêncios e barulhos. Ying e Yang. Preto e branco. Feijão e arroz.

Opostos complementares.

A roda viva chegou. Ela carregou nosso destino pra lá.

Era hora de nos separarmos depois de fortalecer nossa bonita relação com palavras de paz, de gratidão, de emoção. Lágrimas caíram ao passo que o sorriso não conseguia ser desfeito. Sinal de que éramos mesmo nós neste cenário [o contraste sempre foi nossa marca registrada].

2017. Nossa frequência segue na mesma intensidade. Vibrações unificadas.

Saudade que aperta. Possibilidade de trabalharmos juntas novamente, ainda que não no mesmo espaço físico. Novas descobertas. Novos sentimentos. Mais questionamentos.

De repente, três bons propósitos tornam-se um.

Juntas, mais fortes e maduras, com mil desafios cotidianos mas com olhos de enxergar poesia na vida, decidimos eternizar nosso encontro estelar.

Uma. Uma. Uma.

Somos três. Três vidas. Três sentimentos. Três perspectivas.

Que nossa iniciativa sirva como um ímã de bondade e de esperança.

Que nosso reencontro seja marcado por esta inspiração sincrônica.

Que o doce da vida sempre exista, mesmo nos momentos amargos.

Viva a VIDA AGRIDOCE, viva nossa escolha de bem viver.

Um brinde aos encontros bonitos e especiais desta vida, sem os quais nada valeria a pena.

Lillian Ambrosio Bernardo

Abril de 2017.

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