Como acreditar no amor?

Ouvindo “Onde anda você?” – versão Tiago Nacarato

Daqui 14 dias, completo minha 34ª Primavera. Mais uma volta ao sol e todo mês de setembro eu fico assim, mais observadora, mais grata, mais atenta a tudo ao meu redor, como se uma percepção aguçada de como seguir, das escolhas que farei, enfim.

E hoje, enquanto eu me maquiava para iniciar mais um dia de trabalho em casa, ouvi crianças cantando parabéns para alguém e seguindo com a velha música “Com quem será?”.

p a u s a d r a m á t i c a.

Gente, vocês já prestaram atenção nesta música? “Com quem será, com quem será, com quem será que o fulano vai casar? Vai depender, vai depender, vai depender se a fulana vai querer. Ela aceitou, ela aceitou, tiveram dois filhinhos e depois se separou”.

Fiquei pensando quem foi que inventou essa música. Me veio uma reflexão bem maluca a partir dela, especialmente neste momento de vida que vivo “com dois filhinhos”.

É duro lembrar que desde a infância eu também ouvia – e cantava! – esta música sem a menor percepção do que estava fazendo. O fato é que desde sempre parece que o amor está fadado ao fim e à separação. Eu acho isso coisa muito errada.

Eu acredito no amor como construção. Acredito no amor como nossa maior riqueza. Acredito na lei da impermanência e em simplesmente entender e aceitar que pode acontecer de duas pessoas que se encontraram no passado já não serem mais as mesmas pessoas no presente e que, por isso, preferem seguir a vida para conquistar seus sonhos individuais. Eu acredito em inteiros que se complementam, e não em duas metades que se completam. Eu acredito na observação diária e na percepção de entender quando é hora do silêncio e quando é hora de falar.

Às vezes, a falta de conversa faz o casal achar que foram os filhos quem causaram a separação – vejam que incoerência, justo aquele serzinho que só nasceu pela comunhão do amor e de uma das trocar de maior energia que um casal pode experienciar.

Hoje eu queria dar um final diferente pra essa musiquinha de infância, e não só por causa do erro de concordância, mas pelo contexto em si.

Que a nova geração não seja leviana com o coração alheio, e que aconteçam grandes encontros de amor real, destes recheados de respeito e que dá muito certo enquanto dura, mas que pode sim um dia terminar. Quando a gente aceita a lei da impermanência, aproveita melhor os dias e os minutos. Portanto, aproveita melhor a vida, transformamdo o ordinário em extraordinário.

Que assim seja, então.

Meu beijo,
L.

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