Atibaia, 10 de novembro de 2020.
Acho que nunca escrevi porque o blog ‘O Bom do Amor’ se chama assim.
Hoje me deu vontade de contar essa história
♥
Em agosto de 2007 coloquei um fim em uma antiga história a dois. Era uma segunda-feira, 6 de agosto, e eu tinha passado mais um final de semana sozinha, sem notícias de quem então fazia parte dos meus dias. Finalmente percebi que não dava mais.
Depois de um ano e três meses postergando a decisão com medo de me sentir só (como se eu pudesse me sentir mais só do que já me sentia), era hora de definitivamente fechar aquele ciclo.
Me lembro que logo depois de dizer ‘tchau’, entrei no meu Uninho lindo, respirei fundo três vezes olhando pra frente segurando o volante de olhos fechados e pensei: “foi!”. Liguei o carro e o rádio, procurando um sinal divino que me dissesse o que seria dali pra frente.
Estava terminando uma música do Victor e Léo chamada “Borboletas”, lembro porque na época tocava tanto que não aguentava mais ouvir… rs… e depente, eis que começa a tocar ‘Codinome Beija Flor’. Já reparou na letra? Se não, te convido a ouvir de olhos fechados.
Ouvi essa música e me lembrei do final desta relação. Impressionante como fez sentido ouvi-la naquele momento… ‘a nossa música nunca mais tocou…’
Mas foi o final dela que me chamou mais atenção. Apesar de saber que a conotação da música é hiper triste e de fato trata-se de um amor fracassado, ela me trouxe esperança. Depois que eu terminei de ouvi-la, a frase que ecoava em mim e me atravessava era ‘aguava o bom do amor’.
Pensei em como voltar a aguar pra voltar a fazer o amor florescer.
O amor por mim mesma.
O amor pelos meus amigos.
A abertura para um novo amor…
Me entreguei de corpo e alma na descoberta. Me amei como nunca antes. Criei laços lindos com os meus amigos amados e prometi a mim mesma nunca mais os deixar por amor algum. Li muito sobre amores livres – esse amor leve que diziam que existia mas que eu nunca tinha experimentado e vivido. Amores que somam, que se enxergam como dois inteiros prontos para divir experiências e fazer da vida cotidiana algo mais gostoso e divertido, de maneira que valha mais a pena estar a dois que estar só. Ouvia músicas e dançava no meu quarto. Resgatei tudo que amava fazer… inventar looks no quarto, gravar os sons favoritos, e… escrever!
E foi assim, me reacessando e descobrindo de novo tudo que mais amava, que o blog ‘o bom do amor’ surgiu como uma das maneiras de ‘aguar’ todas as minhas paixões.
E acho que deu certo! Se é verdade que semelhante atrai semelhante, transformei minha energia para receber novamente o amor, que chegou bem rapidinho em formato de sorriso escancarado e abraço apertado e que eu posso chamar de meu marido desde aquele 24 de agosto de 2007.
Confie na energia do Universo. E quanto o sexto sentido apontar… aja! O coração sempre te dá todas as respostas, é só a gente prestar atenção.

Meu beijo,
L.