Lembranças do Facebook

Atibaia, 27 de maio de 2021.

Ouvindo “Felicidade é só querer”, de Tiago Nacarato.

Hoje o Facebook me trouxe uma lembrança dos meus amores de 2020. Deixo aqui também, já que escrevo para não esquecer de cada detalhe da personalidade, da rotina compartilhadas, das dores, amores e delícias e desafios da vida familiar.

Acho incrível ter dois seres tão diferentes em casa, com suas personalidades, jeitos, preferências. Sigo tentando dar autonomia pra eles, que respondem de maneira incrível. Na atividade de hoje, ficou clara a diferença entre os dois. E só posso pensar no quanto serão complementares por toda vida. Um equilibra o outro.

Esse é o Beni. Meu filho adulto, que com 5 anos aprendeu a amarrar cadarço, que diz que quer ser adulto, que disse “finalmente liberdade” quando aprendeu a andar de bicicleta sem rodinhas, que toma banho sozinho e rápido (mãe, acha que sou neném pra ficar brincando?), que diz que vai se casar e morar no Rio de Janeiro. Em seu autorretrato, ele decidiu se representar utilizando só uma cor, mostrando coerência na sua praticidade e pouca paciência (pelo menos em casa) para trabalhos que exijam mais concentração que esforço físico. Terminou tudo em um minuto pra varrer e ir recolher grama lá de fora. Explicou seu desenho: “mãe, aqui é meu nome e aqui sou eu em um quadro. Pronto? Posso ir?”. Pode, filho. Pode ir!

Este é Miguel. Oposto do Beni, prefere a calmaria de um filminho “de boa” com pijaminha e pipoca. No banho, leva seus heróis para dar banho e construir histórias. Pra cada refeição, um bichinho novo tem que estar junto na mesa. Diz que quer ser bebê pra sempre, e fica doido quando Beni diz que vai se casar um dia. Ele também explicou seu autorretrato: “Mamãe, aqui sou eu, dentro da nossa casa que está protegida por um arco-iris que não deixa nenhum espinho do mal entrar”. Que bom, filho. Seguimos unidos e protegidos.