“Time after time…”

Atibaia, 26 de novembro de 2021.

Ouvindo “Time after time”, versão de Eva Cassidy

Tinha planejado um post para 17 de novembro, falando sobre quantas coisas podem acontecer em 30 dias já que a última vez que passei por aqui tinha sido em 17 de outubro, mas a Paçoquinha (minha filha canina) começou com um mal estar estranho e passamos a olhar mais pra ela.

Ontem inventei de assistir ao trailer do Final Chapter de This is Us, meu Deus, ainda bem que era fim do dia, porque eu fiquei inchada de taaaaaanto chorar. Os Pearsons ganharam meu coração de um jeito único, e acho que assistir ao trailer, ouvir a música e refletir sobre o quanto são os pequenos momentos que essencialmente marcam nossa vida me deixaram muito emotiva.

E isso por vários motivos.
Paçoquinha está com um problema nos rins muito parecido com o que acometeu minha Sogrinha, então de uma maneira bem ruim ficamos o tempo todo relembrando todo o processo que começou exatamente 1 ano atrás, em novembro de 2020.

As idas ao hospital, a pressão que não melhorava de jeito nenhum, a creatinina que não abaixava, tudo remete àquele período de dor tão profunda, incertezas, tristeza…

Tivemos que levar Paçoquinha muitas vezes à clínica veterinária essa semana, e olhar para aquele espaço todo branco, sem vida, me trouxe uma angústia existencial.

Lembrei demais do livro que estou lendo chamado “A Alegria das Pequenas Coisas”. Já falei dele aqui antes algumas vezes com certeza… A página que eu li essa semana refletia exatamente neste ponto ‘hospitalar’.

“O que acontece quando há excesso de abundância?” Para responder a isso virei-me para uma última musa: a primeira designer de interiores dos Estados Unidos, Dorothy Draper. Draper era uma maximalista desenfreada e não tardou a estabelecer um estilo próprio definido pela ousadia, padrões gráficos e muitas cores fortes – em geral, tudo ao mesmo tempo. No hospital Delnor, em Saint Charles, no Illinois, Draper usou a sua marca registrada de chita florita combinada com um papel de parede lavável com pinheiros estampados, criando um ambiente que parecia tudo menos clínico. “O que está a ser feito para que o ambiente do paciente o faça querer viver, restabeleça a sua antiga vontade de recuperar a saúde?”

Ela sabia a profunda ligação entre decoração e emoção. Cores leves e agradáveis têm um efeito fundamental na saúde mental.

Pensei nos motivos pelos quais tudo é tão sem vida em um ambiente hospitalar.
Pensei que claro, tem toda a questão da higiene, mas também que isso pode ter a ver com questões monetárias que podem não querer mesmo que as pessoas se recuperem rápido para permanecer mais tempo por lá e assim, gastarem mais.
É claro, todo esse pensamento pode vir porque estou em sofrimento, e a gente fica tentando encontrar respostas, reviver memórias adormecidas dói demais.

Tudo isso se juntou numa mistura de sentimentos e sensações…

Enfim, só queria deixar registrado mais este momento.
Paçoquinha, que aconteça o melhor por você.
Te amo!

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