Atibaia, 23 de dezembro de 2021.

Ouvindo alguém cortar grama lá fora.

Tiveram algumas coisas que me motivaram a iniciar este projeto de ficar longe das redes sociais…

A primeira delas, foi meu celular me mostrando quanta vida eu acaba perdendo deixando ser levada por tanta coisa boa que realmente existe nas redes, mas que me tirava tempo precioso do dia.

A segunda delas, foi ouvir muitas vezes que “sua família é linda”, “seus filhos são incríveis”, “quero um amor assim” e não porque isso seja algo negativo, mas é a forma como as pessoas só enxergam um recorte ou aquilo que querem enxergar. Não é a foto com todos sorrindo que importa, mas sim o processo de construção que é difícil e exigente pra caramba, e que não são todos que tem a disponibilidade de encarar. Isso passou a me incomodar, porque por mais que eu sempre tenha também compartilhado vida real, dores e delícias e surtos de uma relação, nunca ninguém veio me dizer algo sobre isso. As pessoas querem a ilusão de um amor perfeito, mas eu estudo muito para ter um amor real e possível, cheio de ajustes!

A terceira, foi descobrir que, como sempre tive essa mania de publicar bastante coisa, fui ficando cada vez mais isolada porque “já te acompanho nas redes”. Percebi – de novo – que as pessoas perdem o interesse genuíno em saber como aqueles que são importantes estão.

A quarta, foi o choque que tive quando escolhi este filme na Netflix para assistir: “O guia da família perfeita”. Escolhi sem ler a sinopse, mas foi um que mexeu muito comigo (psicologicamente falando).

Reflexões sobre os motivos pelos quais fazemos o que fazemos: será que isso é pra mim ou para o outro? É um interesse genuíno ou é apenas algo para agradar e que espero algo em troca?

Este fim de ano buguei de um jeito que já fazia tempo não acontecia. Gosto deste período em que a vida exige um recap, um ponto de desconexão para que outras coisas passem (ou voltem) a fazer sentido.

Eu acredito na força da intuição, acredito na voz do coração, e é por isso que estou aqui. ♡