21 dias. Dia 1.

Atibaia, 10 de janeiro de 2022.

Ouvindo “Lovely Day” – Bill Whithers.

Já é 10 de janeiro e ainda tenho a impressão que o mundo anda numa velocidade que não consigo alcançar. 1/3 do mês já foi embora e a frustração por não ter conseguido caminhar 3x por semana já chega. Talvez eu precise desistir das listas de vez, e passar a contar o que tenho feito além de trabalhar.

Ando bem pensativa sobre tanta coisa.
Especialmente sobre a ingratidão das pessoas.
Sei lá, pra mim é tão simples: se não tô feliz com algo, é só fazer um plano pra mudar.
Até lá, agradeço a oportunidade de vida que ora me traz tantas bênçãos e ora me traz tanto insumo pra repensar e tomar lições.

Neste fim de semana assisti ao 1º episódio da 6ª temporada de This is Us.
A vida tá aí acontecendo todo dia, o tempo todo, nas pequenas coisas, nas pequenas decisões que tomamos o tempo inteiro, no ‘sim’ que dizemos pra algo e no ‘não’ que dizemos do outro lado. Essa pergunta existencial tem feito parte de mim: “O que que eu tô fazendo da vida? Qual será o meu último apagar das velas?”

Essa série mexe comigo. Cada episódio vale por uma sessão de terapia.

Fora a “Um milhão de coisas”, que segue a mesma linha.
A complexidade da vida, a mudança de tudo de uma hora pra outra – literalmente -, as pessoas que estão ao nosso lado a todo momento. Elas existem? São reais? Podemos de fato contar com elas? Ou só enquanto estamos em nosso melhor momento e temos algo efetivamente a trocar? Indagações, indagações, indagações…

Tudo isso que falei agora nada tem a ver com o título de hoje.
Mas é que pensando em metas, no não cumprimento das metas, em não ter tantotempo de fazer o que eu amo, e achar tempo em voltar a fazer o que amo, e por ter limpado minha caixa de e-mails esses dias e visto que não tinha feito a sequência de 21 dias de escrita sugerido pela Ana Holanda ano passado, chegamos ao título.

E eis que estou aqui, no dia 1, pra responder à seguinte pergunta:

 O que é a escrita para você?

Não quero pensar. Quero só sentir esses meus dedinhos no teclado meio que psicografando a importância da escrita em minha vida. A escrita pra mim é mergulho. É minha nudez emocional. É a organização de meus sentimentos. Escrever é colocar o dedo na ferida. É me olhar no espelho. É ser fiel às minhas emoções mais profundas. É colocar a raiva pra fora, é me impactar por essa energia. É sentir minha vibração em cada palavra. É compartilhar o amor, o medo, o trauma. Escrita é cura. Registro. Alma escancarada. Minha identidade. É minha força. Aqui sou eu, comigo, meus pensamentos, como se ninguém estivesse lendo, olhando. Escrever é criar o livro da minha vida. A escrita é meu legado. Escrevo para não esquecer de cada detalhe, especialmente os de vida cotidiana, essas coisas tão simples que quando não registradas vão se perdendo na memória, no emaranhado de pensamentos e de informações que teimamos em inserir no nosso lado interno, e que vai tirando todo espaço do que realmente importa. Escrever pra mim, é retornar. Meu reencontro. Meu ponto de equilíbrio. A escrita é minha principal ferramenta de conexão interna. Meu sexto sentido. É o que dá luz aos próximos passos. O que me dá esperança de dias melhores. Ter certeza de que há amor e intensidade em tudo, em cada mínimo detalhe da minha existência. Meu eixo, minha luz, minha sombra. Escrever é umas das minhas formas de existir no mundo.

Dia 1/21 concluído com sucesso.
Amanhã eu volto – ou não!
Meu beijo,
L.

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