Atibaia, 18 de janeiro de 2022.
Ouvindo a trilha delícia “Relaxing Reading”, do Spotify
Eu amo ambientes escolares.
Se não trabalhasse com marketing certamente me dedicaria a encontrar um trabalho em escolas – como era o plano inicial.
Mas tem um espaço nelas que ganham meu coração: as bibliotecas.
Hoje, quando precisei ir ao Terra resolver questões burocráticas da matrícula dos meninos, sentar nesta cadeira, olhar os títulos, prestar atenção no silêncio que ali fazia foi como entrar em um teletransporte.
Voltei para meus tempos de criança/ adolescente, quando queria fugir do barulho do intervalo, ia lá para o fundo do José Alvim, entrava neste “mundo encantado” e quantas vezes a Marcinha, inspetora, tinha que ir me resgatar: “Volta pra sala, menina! Não ouviu o sinal não?”
Visitar a biblioteca da cidade para fazer meus trabalhos em folha de papel almaço era um evento. Passava tardes e tardes ali, entre aqueles corredores, lendo sinopse por sinopse pra escolher quem eu levaria pra casa.
Relembro também do escritório do meu tio Jorge, na casa da minha avó. Ele separava todas as provas que saíam errado no mimeógrafo pra eu brincar de professora. Como amava! ♡
Aquelas estantes enormes, recheadas, e aquela mesa super grande e confortável para trabalhos, estudos e correções de prova. Era meu lugar favorito na cada minha vó Dedé.
Nestes espaços me reencontro no silêncio. Viro um personagem diferente para cada narrativa. Me sinto feliz e confortável com aquele mundo de possibilidades.
Silêncios sempre me fizeram bem.
Bibliotecas, livrarias e afins sempre fizeram meu ♡ vibrar mais forte.
Entrar ali hoje foi como um resgate.
Que delícia de sensação!
