“Do Ventre ao Coração”

Atibaia, 17 de junho de 2022. (Escrevi e não postei)

Ouvindo “Follow the Sun” – música que amo!

Sento no sol para absorver sua energia nestes dias frios de outono. Fazia tempo que a temperatura não caía tanto; fazia tempo que não observava o cair da noite tão cedo.

Vida e seus ciclos.

A natureza mostrando o tempo todo que outono e inverno são períodos de outros ritmos – mais calma e quietude.

Ontem foi feriado. Dias atrás, Mari tinha me convidado para participar de uma vivência que ela faria chamada “Do Ventre ao Coração”.

Uma oportunidade de nos reconectarmos com nossa própria história, nossas vivência e, enfim, iniciar ou recomeçar um processo de autocura.

De tanto ouvir a oração de Arcanjo Miguel, me lembrei demais do trecho que dizia “estamos todos curados e perdoados” e, embora seja um longo processo, o fato de nos enxergarmos curados e perdoados já é um feito.

Cheguei ao espaço, tudo maravilhosamente estruturado, com música ao fundo, a roda formada com almofadas e ao meio, um tarô com cartas viradas para baixo, formando uma mandala. Ao centro, cristais e lavanda.

Antes do início, um chazinho com biscoitos ao sol para energizar e esquentar o peito.

Enfim, estávamos prontas.

Olhos fechados, ativando o 6º chacra em busca da intuição e intenção daquele dia, daquele momento. Entre as coisas que ouvimos, duas me chamaram atenção:

  1. Uma colega disse que não sabia exatamente o que esperar e intencionar, ela estava ali para fazer algo por ela que fosse diferente dos dias intensos da maternidade.
  2. Uma psiquiatra estava lá para passar por processos de cura corporais, porque em suas sessões, entendia que o conhecimento que já tinha não estava sendo mais suficiente.

A minha intenção? Conseguir encontrar meu lugar no mundo, a minha força, conseguir me concentrar e estruturar meu trabalho, entender meu caminho. Como é fácil a gente se distrair e se perder…

Depois de intencionada, todas pegamos cartas das deusas. Quem me acompanhou durante toda a jornada foi a deusa Ishtar.

Essa divindade representa a junção de diferentes deusas, totalizando uma imagem materna. Nesse sentido, é considerada a mãe dos deuses e dos seres humanos, criadora das bênçãos terrenas. Por outro lado, sua humanidade a fazia sofrer com os males terrestres, transformando-a em protetora dos casamentos e da maternidade.

Depois de passarmos pelas deusas de cada uma, era hora de irmos para o próximo passo: olhar nos olhos umas das outras. É uma sensação de desconforto, mas ao mesmo tempo, tão reveladora.

Os olhos são realmente a janela da alma.

Para onde tenho olhado e focado ultimamente?

Foi uma pergunta que me fiz depois de passar por essa experiência. Já sou bastante cautelosa com as minhas escolhas, mas é sempre importante pensar como está nosso autocuidado, nutrição, escolhas diárias.

Depois, foi hora de soltar o corpo.

Dançar como se ninguém estivesse olhando…

Deixar fluir átomos de alegria, revolta, raiva, tristeza, amor, entusiasmo.

Impressionante como as batidas de cada música são capazes de despertar os nossos sentimentos… eu amo dançar de olhos fechados, mas pra mim não é fácil me “desprender”. Quando danço, por exemplo, dificilmente saio do lugar, dificilmente consigo mover meus braços.

Mas ali, me entreguei.

E foi maravilhoso!

As músicas que nos conduziram foram:

  • Strawberry Swing
  • Triste, Louca ou Má
  • Tempest (Nesta foi tão profundo que fiquei a semana toda com dores nos braços. O exercício era a partir do corpo materializar limites, falar NÃO. Foi potente demais! Percebi como isso precisa ser trabalho em mim)

Depois, exercícios e meditações guiadas de alinhamento de chacras e abertura do ventre. Lindo, lindo.

Experienciei uma visão catártica.
Ao final, um abraço do sol.
As mulheres, em roda.
E depois, o restante do dia em silêncio, sorvendo aquela vivência, aquela energia, troca, entrega.

Bonito demais!

Que tenha sido o primeiro de muitos encontros!
Estou pronta para mergulhar – ainda mais!

Meu beijo,
L.

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