Meu aniversário já passou há duas semanas. Desde então venho tentando escrever sobre a entrada nos trinta! Comemorar é sempre muito bom, ainda mais quando os motivos não faltam: uma família unida e construída em bases sólidas – graças a Deus; um filho incrível; um marido que é meu grande parceiro de todas as horas; amigos com quem contar e muito amor compartilhado.
Então, tudo vem correndo muito bem e a cada dia que passa tento me conectar com os tais instantes mágicos já tão citados por mim aqui no blog. Há que enxergar beleza mesmo em meio ao caos.
Vendo ele tão cabisbaixo, com febre alta, incomodado pelas dores, meu coração ficou em frangalhos.
Quando fui levá-lo pela primeira vez na escola, achei que fosse chorar muito. Um ano e dois meses de aprofundamento vincular, de dia a dia constante, 24 horas por dia ligada nos trejeitos do meu filho querido. E então, chegou a hora de seu primeiro voo. Ao contrário do que eu mesma pensei, nenhuma lágrima caiu. E depois da primeira virose dele, tive a grande resposta: o coração de mãe sempre estará tranquilo se tivermos plena certeza que tudo está bem com nossos filhos. E isso deve se prolongar por toda a vida. Se o voo for seguro e certo de que existe o caminho pra casa sempre que precisar, meu Passarinho não precisará necessariamente estar debaixo das minhas asas. Não. Quero estabelecer uma relação de confiança e amor com meus filhos. De liberdade consciente.
Dar asas a um filho e ter certeza de fazer o melhor por eles deve ser o melhor sentimento do mundo.
E pensando nisso tudo, entrando nos 30 anos com todo amor que existe e agora, com mais uma grande responsabilidade chegando junto do meu segundo filho(a), reitero este desejo:
“Meu Deus, dê-me a medida certa. Quero proteger meu filho, mas não sufocá-lo. Quero antecipar o perigo para avisá-lo, mas não achar que tudo em sua vida é ameaçador. Quero abraçá-lo e sentir que minha vida não vai bem sem a presença dele, mas saber que somos pessoas individuais e podemos ter caminhos diferentes. Quero saber para poder ensinar, mas perceber quando ele souber mais que eu. Quero que ele precise de mim, mas ficar feliz quando ele se fizer independente. Quero dar-lhe conselhos quando criança, oferecer meus conselhos quando adolescente e esperar que me peça quando adulta. Quero repreendê-lo para educá-lo e rir com ele de besteiras para que ele possa aprender a errar e aceitar o erro dos outros. Quero mostrar-lhe o que acho certo, mas aceitar se ele escolher diferente. Quero ensiná-lo a ser sério, mas também a se divertir. Quero estar sempre pronta a ajudá-lo, mas saber que ele não tem obrigação de retribuir. Oh, meu Deus, quero ser assim como a galinha, que delicadamente sabe a pressão certa de seu corpo sobre seus ovos para aquecê-los, e não quebrá-los. Assim como a águia que sabe o momento certo de deixar seus filhotes voar. Ajude-me, Senhor, a seguir a sabedoria da natureza que vive em mim e que às vezes sufoco, envolvida pelo egoísmo e egocentrismo que exige que me faça importante na vida de quem é tanto para mim. Oh, Pai, eu lhe imploro, dê-me a medida certa. Faça-me sempre saber que, de qualquer maneira, é a mim que ele irá dar esse nome tão importante e mágico chamado Mãe. Faça-me exercer essa tarefa da melhor forma e sempre agradecer pela oportunidade!” (Debora Motherway)




Amor,
Seja bem-vinda aos 30!
Que está nova fase permita ainda mais momentos de conexão plena, muito amor, carinho, respeito e paz.
Amamos muito você!
Marido, Benício e bebê caçula 🙂
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