Quem são nossos amigos depois que viramos pais?
Vira e mexe eu e o Lu tentamos nos lembrar como era o lado bom da vida antes de nos tornarmos pais. Nunca fomos um casal baladeiro; programas perfeitos pra nós sempre incluíam noites de filme e pipoca, dormir abraçadinhos até tarde, ir ao parque caminhar ou deitar para ler um livro, assistir a shows e encontrar os amigos em casa ou no máximo no bar. Mas a vida social existia.
E então nossos filhos nasceram.
Filme, dormir até tarde, ler tranquilamente são coisas que realmente saíram do escopo; os amigos conheceram a “novidade” e depois quase não houve mais interesse.
Nós que nos tornamos pais, de um dia para o outro damos adeus à vida que tínhamos, aos amigos, aos interesses e de repente uma avalanche de novos questionamentos chegam
As pessoas não fazem ideia do que é ter um bebê em casa! Muitos ainda dizem não conseguir entender de onde vinha o cansaço, o desespero, a falta de energia até pra pedir colo pra própria alma. Quase ou nenhuma empatia existe. E o tempo vai passando, os “amigos” somem, a solidão materna chega (eu sofri muito – e olha que eu sempre me dei bem com a solidão…)
Salvo quem tem o filho como primeiro neto/sobrinho da família ou quem tem ajuda e segue a vida normalmente, este “luto fraterno” é bem difícil. Por isso – ao menos pra mim – a maternidade trouxe um convite ainda maior ao adeus a quem eu era para tentar me reencontrar desde aquele julho de 2014.
Descubro a cada dia mais o quanto a cumplicidade é rara. E o quanto meu melhor amigo segue sendo meu marido – na alegria e na tristeza!
Como foi com vocês?
Meu beijo,
L.


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