Atibaia, 21 de dezembro de 2021.
Ouvindo o silêncio (♡)
Final de ano é sempre uma loucura. O relógio parece passar ainda mais rápido e as 24 horas nos trazem a certeza de que não daremos conta de tudo que nos propomos fazer.
O corpo traz os sinais físicos: um nó na garganta, sensação de impotência, e ainda que eu leia frases motivacionais o tempo todo, tenho a sensação de remar, remar, remar e estar indo sempre em qualquer direção que não a certa.
Síndrome de impostora? Burnout? Depressão? Ontem li mais uma, burnout parental? TPM? Todas as anteriores?
Dezembro é sempre um mês de muitas reflexões pra mim… não que eu queira, mas simplesmente acontece. Passo horas olhando as fotos que tirei, a vida que aconteceu, que passou, que não está mais aqui.
Olho o presente e me culpo por essa sensação de impotência, mesmo tendo tudo, mesmo com o hábito de agradecer.
Talvez seja o ego que ainda precise de aprovação. Talvez seja a infoxicacão fazendo mal (o que fazer com tanta informação?). Talvez seja a dificuldade em entender meu papel no mundo.
Busco respostas lá fora por algo que é tão interno. Que tá aqui dentro, pulsando, pedindo pra sair em forma de dança, suor, lágrimas ou seja lá o que for.
Por algumas vezes neste ano desinstalei as redes sociais do meu celular. Foi difícil, mas possível. Hoje fiz a mesma coisa.
Quando o barulho interno tá grande demais, é hora de se voltar pra dentro, encontrar as respostas que estão bem aqui dentro do coração, que chega por nós pela intuição.
Troquei os apps sociais pelo app do meu blog. Deixei tanto este espaço solto este ano, mesmo quando tinha tanto pra dizer/escrever.
Todo dia é dia de fazer diferente e tentar algo novo. A qualquer momento, em qualquer situação.
O livre arbítrio pode ser libertador ou apavorante, depende dos olhos de quem vê. Decidi que, por hoje, pra mim, ele seria liberdade.
Quase fim de 2021.
E sinto que aparecerei por aqui mais vezes que poderia imaginar.
Vida sem filtros e quase sem plateia, é isso que tô precisando.
Meu beijo, L.
